quinta-feira, 14 de julho de 2011

Cintra

Tu és infinito de contradições e grandezas.
Um forte cavaleiro frágil em seus dilemas.
Um Templário a guardar um segredo,
Por certo és a coragem entre os medos.

Quem pode descrever-te assim, sem armas?
Aos que riem de tua graça não lhes passa
Que trás das máscaras choras por sofrer,
Tu sofres o ser grande, maior que tempo e lei,

Sem cruzadas, sem cavalos, sem reinos, sem triúnfo.
Isso tudo te instiga, onde estão teus bravos justos?
Incansável vence os tempos e vive sem os ter,
Longe da velha Cintra onde quer que for nascer.

Mas alento pra tua busca onde então encontrarás?
Entre damas, absinto, nas tabernas acharás?
Quem sabe entre amigos tal qual távola redonda?
Ou por ser tão bem descrito sem por mim ter sido visto.

por Eduardo Pessoa Goulart

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