Ata-me aos teus braços
Usa o poder de sermos um
De dar febre a nossa pele
E razão aos respiros
O compasso acelerado do coração
É mais quente quando um outro vem
Dois somam tudo sem medo do não
Amo a descoberta de que além de mim há mais alguém
Ata-me com força e não deixa que eu me solte
Se prenderes bem forte nunca mais te deixarei
Esperei tamanha sorte e por ela me esforço
Então burla a covardia e vence
Desformes na matéria, alinhados no toque
Um desespero se instala ao pensar na ausência tua
Longe, usa a força abrupta, enlaça a presa
Ata-me, prenda-me, faz-me coisa tua.
Eduardo Pessoa Goulart
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