sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Indiferença

"Tu te transformastes no mórbido
Que dói, menospreza, tráz pena,
Olhando a beleza ao lado,
Esquece-me, engana e desdenha.

À mesa o alimento e o ódio,
Falsa fartura que não alimenta,
A faca, instrumento de corte,
Prefiro-a mil vezes à indiferença.

Eu choro, tu te recolhes,
Sepultas o amor aonde jaz a tristeza,
Que importa se não me absorves?
Mata-me ou morre se és tu minha condena"!

por Eduardo Pessoa Goulart