quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Um Moderno Romeu?

 
Ah, eu pensei ter o controle disso!
Mas desestabilizei-me diante de tamanho sorriso, perdi as rédeas, deixei-as em tuas mãos
E aos poucos me sinto puxado, resposta do teu querer que também me quer, eu acho.

A esperança é esta, a de que eu não ame sozinho, não outra vez,
Mas que o que sinto seja recíproco, forte a ponto de fazer-me redivivo
Tomando-me nos braços e fazendo-me livre, pois sou preso no escuro e veja, até o teu nome diz ser a luz que preciso.

Que as palavras me faltem e aumentem os suspiros,
E que se apegue minha boca à tua, que nossas mãos sejam uma, favorável nos seja o destino dessa vez,
Amor meu, liberdade minha, arrasta meu corpo, percebe os sinais que me tornam refém.

Já que sou presa, aceito meu fim,
Se este for ser cativo do romance previsto por devaneios tolos de um moderno Romeu.
Aceito a morte se esta for em teus braços, mas prefiro a vida sempre ao teu lado, tuas amarras me prenderam e agora sou teu.

O jeito, a voz, os pés, os olhos, a boca, o corpo, o tudo.
Não há uma só pessoa em todo este mundo que me convença de defeitos no alvo do meu querer.
Eu te juro que o gostar que instigaste em mim torna tudo mais fácil, o contrassenso é o teu cuidado, teu olhar assim de lado, não precisa sequer lutar porque eu te deixo vencer.

por Eduardo Pessoa Goulart

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